O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado nesta quarta-feira, 15 de junho, chama atenção para o enfrentamento da violência contra os idosos. Violência que vai além da agressão física, e pode ser perpetuada também por meio de maus-tratos, negligência, e atos de violência moral, psicológica e patrimonial – em conjunto ou não.
Segundo a advogada Maria Luiza Póvoa Cruz, presidente da Comissão Nacional do Idoso do Instituto Brasileiro de Direito de Família –IBDFAM, a data é importante para conscientizar a população sobre o que acontece, cada vez mais, com esse grupo social. “Precisamos urgentemente combater essa violência e sanar esta epidemia silenciosa que se alastrou entre nós, que é a violência contra os idosos.”
A advogada lembra que, no final de 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, o número de denúncias no Disque 100, de violações aos direitos humanos contra pessoas com mais de 60 anos, foi 53% maior que em 2019. No total, foram 48,7 mil registros de ligações recebidas pelo dispositivo do Governo Federal.
“O número assustador ainda assim é menor do que a angústia e o abandono destas vítimas e, certamente, é também inferior ao que realmente ocorre de norte a sul do país, tendo em vista que há muita subnotificação. Portanto, lembrar a data também é uma forma de despertar nas pessoas a importância da denúncia e do combate a essa triste realidade”, destaca a especialista.
Maria Luiza Póvoa Cruz pontua que a longevidade da população brasileira aumenta a cada ano. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, a expectativa poderia chegar a 76,8 anos no Brasil, não fosse a crise de mortalidade causada pela Covid-19.
“Este aumento dos velhos na sociedade traz desafios para a família, para a sociedade e para os responsáveis pelas políticas públicas. O abandono, a fome, a violência física e emocional, o isolamento e a falta de acesso ao básico a serviços como vacinas, atendimento médico, remédios e a própria aposentadoria são rotina no nosso país e grandes desafios a serem vencidos”, comenta a advogada.
Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM.
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